O estudo da velhice e dos fatores associados ao envelhecimento cresce de forma sem precedentes após a 2ª Guerra Mundial, com o aumento das populações idosas e com o envelhecimento de pesquisadores que se interessavam em investigar as fases iniciais do curso de vida. No entanto, a velhice já era objeto de reflexão por filósofos e sociedades da idade antiga. Foram levantados inúmeros dilemas sobre a velhice, abordando os estereótipos e a heterogeneidade dos anciãos em relação ao convívio social, a manutenção da capacidade física e mental.
O aumento da expectativa de vida ou a esperança de vida ao nascer, a diminuição da natalidade e o acelerado processo de envelhecimento da população brasileira têm preocupado cada vez mais cientistas, intelectuais e formuladores de políticas públicas. Estima-se que em 2050 um quarto da população mundial será composta por idosos, o que equivalerá a 2 bilhões de habitantes. Ao contrário dos países desenvolvidos, o aumento da população idosa nos países em desenvolvimento como o Brasil é acompanhado por necessidades sociais e de saúde como: analfabetismo, pobreza, elevada projeção de doenças crônicas, pouco acesso aos serviços sociais e de saúde, número insuficiente de programas para a população idosa, e ausência de políticas voltadas para a prevenção e promoção de saúde que considere o curso de vida.
O desafio da Gerontologia como um campo de estudos e de atuação profissional concentra-se em garantir que a velhice e o processo de envelhecimento sejam processos orientados e bem-assistidos. Torna-se imprescindível que o aumento da expectativa de vida seja acompanhado por ganhos na qualidade de vida, satisfação e bem-estar.
A era contemporânea caracteriza-se por diversas transformações: históricas, filosóficas, econômicas, políticas e sociais, as quais deixam um legado importante para a humanidade. E um dos fenômenos sociais que mais tem se destacado e demarcado seu espaço é o aumento acelerado da população de idosos, que ocorre praticamente em todo o mundo.
A população brasileira, que até bem pouco tempo (décadas de 1970 a 1980) era considerada jovem, conta hoje com cerca de 23% de seus indivíduos com idade superior a 60 anos, o que os enquadra na chamada Terceira Idade. Segundo apontam os números do censo do IBGE (2001), os cidadãos brasileiros que já se encontram acima dos 60 anos somam aproximadamente 14,3 milhões de habitantes. Esta mesma fonte estatística projeta para o ano 2025 um crescimento da população de idosos que colocará o Brasil como o sexto país do mundo no ranking dos países com o maior número de idosos entre os seus habitantes (CORAZZA, 2001).
População de idosos no Brasil (IBGE, 2001)
Assim, observa-se que especialmente nas últimas três décadas, uma parte bastante significativa da população brasileira tem atingido e permanecido por mais tempo nas faixas etárias da Terceira Idade.
950 – 4,2%
1994 – 7,7% = 10,5 milhões
2000 – 8,3% = 14,3 milhões
2025 – 15% = 35 milhões
1994 – 7,7% = 10,5 milhões
2000 – 8,3% = 14,3 milhões
2025 – 15% = 35 milhões
Segundo aponta a Organização Mundial de Saúde no ano de 2001 o Brasil tinha uma população total e de idosos de acordo com o quadro abaixo:
É muito notado pelos estudiosos e profissionais da área de gerontologia (cuidadores de idosos, terapeutas ocupacionais, etc) que nesta fase da vida dificilmente podemos encontrar idosos com problemas quer sejam orgânicos ou psicológicos. Alguns estudos denotam as precárias condições orgânicas e de saúde da população de idosos, especialmente aqueles mais desprovidos de condições financeiras, residentes em abrigos, lares e asilos existentes principalmente em cidades do interior.
Assim sendo, temos a concepção de que com os avanços da ciência e da medicina contribuindo para a melhoria de vida da população, faz-se necessário pôr em prática formas mais humanizadoras de convivência com as pessoas da terceira idade, tanto nas família como nos serviços de atendimento a população em geral.
Na concepção de Vieira (1996) e Lopes (2000), os processos de envelhecimento se iniciam desde a concepção, sendo então a velhice definida como um processo dinâmico e progressivo no qual ocorrem modificações, tanto morfológicas, funcionais e bioquímicas, como psicológicas, que determinam a progressiva perda das capacidades de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos. Sociólogos e psicólogos chamam a atenção para o fato de que, além das alterações biológicas, podem ser observados processos de desenvolvimento social e psicológicos alterados em algumas das suas funções, como também problemas de integração e adaptação social do indivíduo.Embora estes quadros apresentem dados nada agradáveis à primeira vista, não se pode avaliá-los de forma preconceituosa e pessimista. O fato real e natural é que todo ser vivo envelhece no seu aspecto orgânico e biológico, muito embora nem todo ser vivo envelheça na mesma proporção, nos sentidos psicológico, espiritual e humano. Assim, as recomendações para a orientação e o acompanhamento da prática de atividades físicas leves e moderadas são importantes por estimular os idosos a se envolverem em programas de exercícios e atividades físicas, assegurando-se, deste modo, a manutenção e recuperação das funções vitais do organismo, as quais auxiliam também as funções neurocerebrais e músculo-esqueléticas.
Portanto, as funções intelectuais nas pessoas da terceira idade, necessitam também de estímulos, a fim de que se mantenham em plenas condições favoráveis de atividades, num trabalho contínuo e cotidiano, como por exemplo: a leitura, o estudo, o raciocínio, a reflexão, a meditação, entre outros.
Baseado na fonte: http://www.revistas.ufg.br/ e http://pt.wikipedia.org/
Que tema lindo!
ResponderExcluirPROJETO MARAVILHOSO!
PARABÉNS!
...MANUELA ARAGÃO...