segunda-feira, 26 de setembro de 2011

População Idosa no Brasil e no mundo – Dados estatísticos

Em relação ao gráfico acima, a linha azul representa o aumento da expectativa de vida no mundo, a marrom representa a América Latina, o azul os países mais desenvolvidos, o verde os países menos desenvolvidos, e a amarela o Brasil. A fonte de pesquisa foi a Organização das Nações Unidas ( ONU ). Isso significa dizer que muitos jovens de hoje serão idosos no amanhã, fazendo-se necessário, portanto, um maior conscientização dos jovens em relação à condição do idoso nos próximos anos.
É importante destacar que a população de idosos está crescendo mais rapidamente do que a de crianças. Em 1980, existiam aproximadamente 16 idosos para cada 100 crianças. Em 2000, essa relação aumentou para 30 idosos por 100 crianças, praticamente dobrando em 20 anos. Isso ocorre devido ao planejamento familiar e conseqüente queda da taxa de fecundidade, e também pela longevidade dos idosos. Dados do IBGE(3) mostram que as pessoas estão vivendo mais. O grupo com 75 anos ou mais teve o maior crescimento relativo (49,3%) nos últimos dez anos, em relação ao total da população idosa. Entretanto a sociedade não está preparada para essa mudança no perfil populacional e, embora as pessoas estejam vivendo mais, a qualidade de vida não acompanha essa evolução. Dados do IBGE(3) mostram que os idosos apresentam mais problemas de saúde que a população geral. Em 1999, dos 86,5 milhões de pessoas que referiram ter consultado um médico nos últimos 12 meses, 73,2% tinham mais de 65 anos, sendo que esse grupo, no ano anterior, apresentou 14,8 internações por 100 pessoas, representando o maior coeficiente de internação hospitalar. Mais da metade dos idosos (53,3%) apresentou algum problema de saúde, e 23,1% tinham alguma doença crônica. Em pesquisa realizada nas cinco regiões do município de São Paulo no início dos anos 90, foi verificado que 86% dos entrevistados apresentavam pelo menos uma doença crônica, fato este confirmado em estudo de seguimento de dois anos desses indivíduos, mostrando que 94,4% dos idosos avaliados apresentavam mais de uma doença crônica(4). Nesse mesmo estudo foi demonstrado que 32% dos idosos entrevistados eram dependentes para suas atividades rotineiras e instrumentais de vida diária.
 Esses dados retratam uma realidade preocupante na vida dos idosos que é: o envelhecimento sem qualidade e a carência no aspecto político e social que dêem suporte para um envelhecimento saudável.
O envelhecimento da população tem que entrar na pauta do desenvolvimento. Essa é a diretriz dada pelo médico, doutor em Saúde Pública pela Universidade de Oxford e um dos maiores estudiosos em políticas públicas voltadas para idoso, Alexandre Kalache.
 “O mundo está envelhecendo numa velocidade nunca antes observada, e será necessário o envolvimento de todas as esferas da sociedade para que os idosos tenham uma melhor qualidade de vida”, assinala o especialista, que, por 13 anos, coordenou o Programa de Envelhecimento da Organização Mundial de Saúde. No Brasil, o número de idosos irá dobrar dentro de 17 anos, passando de 10% da população para 20%. “A França levou 115 anos para ter essa transição”, compara.
 O grande desafio, de acordo com o especialista, é lidar com as desigualdades sociais existentes. A qualidade de vida na terceira idade está atrelada às condições e ao curso de vida de cada indivíduo, ao capital social e à sociedade em que ele vive. “As estatísticas podem ser enganadoras. Quando se analisa a média não se atenta para a realidade dos fatos”, explica. “Numa cidade como São Paulo, por exemplo, o nascer e viver em uma comunidade pobre significa 17 anos a menos de vida de quem nasce numa região nobre”.
De acordo com Kalache, o cuidado individual é apenas um dos aspectos que podem contribuir com a melhor qualidade de vida na velhice. Atentando-se a quatro fatores, sendo eles sedentarismo, má alimentação, tabagismo e ingestão de bebida alcoólica, já é o suficiente para a se prevenir o aparecimento de doenças crônicas. No entanto, a questão é muito mais ampla que o auto cuidado. “É necessário desenvolver políticas sociais, é necessário o envolvimento da sociedade nesse cuidado e nessa discussão, do envolvimento de empresas, de organizações de saúde, para que haja um melhor cuidado com a questão do idoso no mundo”, enfatiza.
 A Organização Mundial de Saúde desenvolveu um programa para garantir uma melhor qualidade de vida para os idosos. A iniciativa contempla aspectos econômicos, sociais, de saúde, de educação, culturais e de conscientização para que haja um maior avanço no cuidado com o idoso. “Os países desenvolvidos enriqueceram antes de envelhecer, os subdesenvolvidos estão envelhecendo antes de enriquecer. O desafio é grande e requer, sobretudo, além de atenção, solidariedade”, conclui.
 Os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%, em 1991, ele correspondia a 7,3% da população.
 O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço no campo da saúde e à redução da taxa de natalidade. Prova disso é a participação dos idosos com 75 anos ou mais no total da população - em 1991, eles eram 2,4 milhões (1,6%) e, em 2000, 3,6 milhões (2,1%).
 A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de pessoas (13% do total), e a esperança de vida, a 70,3 anos.
 O quadro é um retrato do que acontece com os países como o Brasil, que está envelhecendo ainda na fase do desenvolvimento. Já os países desenvolvidos tiveram um período maior, cerca de cem anos, para se adaptar. A geriatra Andrea Prates, do Centro Internacional para o Envelhecimento Saudável, prevê que, nas próximas décadas, três quartos da população idosa do mundo esteja nos países em desenvolvimento.
 A importância dos idosos para o País não se resume à sua crescente participação no total da população. Boa parte dos idosos hoje são chefes de família e nessas famílias a renda média é superior àquelas chefiadas por adultos não-idosos. Segundo o Censo 2000, 62,4% dos idosos e 37,6% das idosas são chefes de família, somando 8,9 milhões de pessoas. Além disso, 54,5% dos idosos chefes de família vivem com os seus filhos e os sustentam.
OBS.:O Brasil atualmente está entre o 6º e o 8º país com mais idosos na Terra; acima dos 60 anos os núme-ros alcançam 19 milhões de seres humanos e num Universo-Mercados em torno de 325 bilhões de reais/ano.
* Esta postagem faz parte do desenvolvimento do Relatório de nossa equipe apresentado à Banca examinadora da VI Mojatec (2011).

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Aspectos do envelhecimento humano


O estudo da velhice e dos fatores associados ao envelhecimento cresce de forma sem precedentes após a 2ª Guerra Mundial, com o aumento das populações idosas e com o envelhecimento de pesquisadores que se interessavam em investigar as fases iniciais do curso de vida. No entanto, a velhice já era objeto de reflexão por filósofos e sociedades da idade antiga. Foram levantados inúmeros dilemas sobre a velhice, abordando os estereótipos e a heterogeneidade dos anciãos em relação ao convívio social, a manutenção da capacidade física e mental.
O aumento da expectativa de vida ou a esperança de vida ao nascer, a diminuição da natalidade e o acelerado processo de envelhecimento da população brasileira têm preocupado cada vez mais cientistas, intelectuais e formuladores de políticas públicas. Estima-se que em 2050 um quarto da população mundial será composta por idosos, o que equivalerá a 2 bilhões de habitantes. Ao contrário dos países desenvolvidos, o aumento da população idosa nos países em desenvolvimento como o Brasil é acompanhado por necessidades sociais e de saúde como: analfabetismo, pobreza, elevada projeção de doenças crônicas, pouco acesso aos serviços sociais e de saúde, número insuficiente de programas para a população idosa, e ausência de políticas voltadas para a prevenção e promoção de saúde que considere o curso de vida.
O desafio da Gerontologia como um campo de estudos e de atuação profissional concentra-se em garantir que a velhice e o processo de envelhecimento sejam processos orientados e bem-assistidos. Torna-se imprescindível que o aumento da expectativa de vida seja acompanhado por ganhos na qualidade de vida, satisfação e bem-estar.

A era contemporânea caracteriza-se por diversas transformações: históricas, filosóficas, econômicas, políticas e sociais, as quais deixam um legado importante para a humanidade. E um dos fenômenos sociais que mais tem se destacado e demarcado seu espaço é o aumento acelerado da população de idosos, que ocorre praticamente em todo o mundo.
A população brasileira, que até bem pouco tempo (décadas de 1970 a 1980) era considerada jovem, conta hoje com cerca de 23% de seus indivíduos com idade superior a 60 anos, o que os enquadra na chamada Terceira Idade. Segundo apontam os números do censo do IBGE (2001), os cidadãos brasileiros que já se encontram acima dos 60 anos somam aproximadamente 14,3 milhões de habitantes. Esta mesma fonte estatística projeta para o ano 2025 um crescimento da população de idosos que colocará o Brasil como o sexto país do mundo no ranking dos países com o maior número de idosos entre os seus habitantes (CORAZZA, 2001).

População de idosos no Brasil (IBGE, 2001)
Assim, observa-se que especialmente nas últimas três décadas, uma parte bastante significativa da população brasileira tem atingido e permanecido por mais tempo nas faixas etárias da Terceira Idade.
950 – 4,2%
1994 – 7,7% = 10,5 milhões
2000 – 8,3% = 14,3 milhões
2025 – 15% = 35 milhões
Segundo aponta a Organização Mundial de Saúde no ano de 2001 o Brasil tinha uma população total e de idosos de acordo com o quadro abaixo:
É muito notado pelos estudiosos e profissionais da área de gerontologia (cuidadores de idosos, terapeutas ocupacionais, etc) que nesta fase da vida dificilmente podemos encontrar idosos com problemas quer sejam orgânicos ou psicológicos. Alguns estudos denotam as precárias condições orgânicas e de saúde da população de idosos, especialmente aqueles mais desprovidos de condições financeiras, residentes em abrigos, lares e asilos existentes principalmente em cidades do interior.
Assim sendo, temos a concepção de que com os avanços da ciência e da medicina contribuindo para a melhoria de vida da população, faz-se necessário pôr em prática formas mais humanizadoras de convivência com as pessoas da terceira idade, tanto nas família como nos serviços de atendimento a população em geral.
Na concepção de Vieira (1996) e Lopes (2000), os processos de envelhecimento se iniciam desde a concepção, sendo então a velhice definida como um processo dinâmico e progressivo no qual ocorrem modificações, tanto morfológicas, funcionais e bioquímicas, como psicológicas, que determinam a progressiva perda das capacidades de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos. Sociólogos e psicólogos chamam a atenção para o fato de que, além das alterações biológicas, podem ser observados processos de desenvolvimento social e psicológicos alterados em algumas das suas funções, como também problemas de integração e adaptação social do indivíduo.


Embora estes quadros apresentem dados nada agradáveis à primeira vista, não se pode avaliá-los de forma preconceituosa e pessimista. O fato real e natural é que todo ser vivo envelhece no seu aspecto orgânico e biológico, muito embora nem todo ser vivo envelheça na mesma proporção, nos sentidos psicológico, espiritual e humano. Assim, as recomendações para a orientação e o acompanhamento da prática de atividades físicas leves e moderadas são importantes por estimular os idosos a se envolverem em programas de exercícios e atividades físicas, assegurando-se, deste modo, a manutenção e recuperação das funções vitais do organismo, as quais auxiliam também as funções neurocerebrais e músculo-esqueléticas.
Portanto, as funções intelectuais nas pessoas da terceira idade, necessitam também de estímulos, a fim de que se mantenham em plenas condições favoráveis de atividades, num trabalho contínuo e cotidiano, como por exemplo: a leitura, o estudo, o raciocínio, a reflexão, a meditação, entre outros.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Artigos importantes do Estatuto do Idoso

Estatuto do Idoso. Uma conquista para todos os brasileiros.

O estatuto tem por objetivo promover e facilitar a inclusão social e garantir os direitos desses cidadãos da terceira idade, uma vez que devido a fatores sociais diversos essa parcela da população geralmente carece de proteção. E o maior objetivo de nosso projeto é garantir os direitos dos idosos assim como a inclusão dos mesmos.
É considerado idoso aquele que tiver idade igual ou maior que 65 anos. Todo idoso tem direito à vida, à liberdade, ao respeito, à dignidade, à alimentação, à saúde, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à assistência social, à moradia, ao transporte, à proteção, à política de atendimento ao idoso e ao acesso à justiça, como trata a  lei N° 10741 de 1° de Outubro de 2003, assinada pelo Presidente de República Luís Inácio Lula da Silva.
Com base no Estatuto do Idoso é preterível o acesso ao lazer, cultura e esporte com 50% de desconto;  a distribuição gratuita de, principalmente, remédio de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.), assim como próteses, órteses; O direito ao transporte coletivo público gratuito (lembrando que a carteira de identidade é o comprovante exigido) e reservas de 10% dos assentos com aviso legível; o idoso internado ou em observação em qualquer unidade de saúde tem direito a acompanhante, por tempo determinado pelo profissional de saúde que o atende; a garantia da não discriminação etária no emprego e da porcentagem de cotas reservadas na habitação pública: é obrigatória a reserva de 3% das unidades residenciais para os idosos nos programas habitacionais financiados por recursos públicos.nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão. Quem discriminar o idoso, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte ou a qualquer outro meio de exercer sua cidadania pode ser condenado e a pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa. Famílias que abandonem o idoso em hospitais e casas de saúde, sem dar respaldo para suas necessidades básicas, podem ser condenadas a penas de seis meses a três anos de detenção e multa. Para os casos de idosos submetidos a condições desumanas, privados da alimentação e de cuidados indispensáveis, a pena para os responsáveis é de dois meses a um ano de prisão, além de multa. Se houver a morte do idoso, a punição será de 4 a 12 anos de reclusão. Qualquer pessoa que se aproprie ou desvie bens, cartão magnético (de conta bancária ou de crédito), pensão ou qualquer rendimento do idoso é passível de condenação, com pena que varia de um a quatro anos de prisão, além de multa. A fiscalização das Instituição de atendimento ao Idoso fica a cargo do Conselho Municipal do Idoso de cada cidade, da Vigilância Sanitária e do Ministério Público.


Texto baseado nas fontes wikipedia e Nanoverso Duo

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Estatuto Nacional do Idoso

Nesta semana iremos falar sobre o Estatuto do idoso.

Aqui estão alguns artigos que serão comentados:

Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
        Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
        Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

        Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.

Fonte: http://www.planalto.gov.br/

Cynthia Brito

Cynthia Brito
Na beleza de uma flor se esconde o brilho da simplicidade.

Tão natural!

Pedro Bial

Pedro Bial
"É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momentos e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver."

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