quarta-feira, 30 de maio de 2012

Pernambuco traça um perfil de seus idosos

Olá, pessoal! Passamos bastante tempo longe mais uma vez pois, nós da equipe, não estudamos mais juntos e também perdemos o contato. Mas prometo ficar postando sempre que possível. Por isso hoje vim atualizar e, sem demoras, vamos diretamente ao assunto. Espero que seja interessante. E quero lembrar que sempre que precisarem para tirar dúvidas ou perguntar algo, seja o que for, podem falar conosco nos contatando nas redes sociais ou mesmo nos comentários.

Os dados são de uma pesquisa que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou em dezembro de 2010 para que saibamos um pouco do perfil socioepidemiológico dos idosos de Pernambuco, ou melhor, um panorama do envelhecimento no nosso estado. Foram entrevistados três mil homens e mulheres acima de 60 anos de 60 municípios. “Tivemos o cuidado de fazer a seleção aleatória das cidades, dos idosos e das unidades de saúde da família, a fim de termos um viés fidedigno para a pesquisa”, esclarece a pesquisadora Marília Siqueira Campos, uma das participantes da pesquisa, realizada pelo Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco (Iaupe), através de convênio entre o Ministério da Saúde (MS) e a SES.

Vamos aos resultados:

- Dos três mil participantes do levantamento, 71% são mulheres, 64,1% moram no interior pernambucano, 43% moram com cônjuge, 49% sabem ler e escrever e 46% são analfabetos. Em relação à renda e à classe social a que pertencem os idosos pesquisados, constatou-se um predomínio daqueles pertencentes à classe D/E (65%), e apenas 3% nas classes A e B.

- A renda própria faz parte da realidade de 95% dos idosos, sendo 96% proveniente da aposentadoria. Em relação à manutenção do lar, 98,5% disseram que contribuem com as despesas domiciliares e 83% destinam toda a renda para essa finalidade.

- Sobre o estilo de vida, foi constatado que 16% e 9%, respectivamente, são viciados em tabaco e álcool. Já 73% dos entrevistados têm alguma prática religiosa. Apenas 21% praticam atividade física regularmente e 39% dizem ter na televisão o lazer preferido.

- Das três mil pessoas idosas entrevistadas, só 450 (15%) afirmaram não ter doenças. Entre as enfermidades referidas, 70% dos entrevistados convivem com hipertensão – e mais de 20% com diabete. Já a depressão, distúrbio psiquiátrico mais comum no envelhecimento, foi ressaltada por 5,4% do público. E na pontuação da Escala de depressão geriátrica, mais da metade (54,7%) apresentam os sintomas característicos do transtorno.

- Os distúrbios auditivos foram citados por 28% dos entrevistados – destes, somente 1% usava aparelho de correção auditiva. E no quesito visão, 82% dos idosos entrevistados possuem deficiência visual, e 72% usam lentes corretoras. Entre os idosos investigados, ainda foi observado que 50% apresentavam falta total de dentes, e apenas 4% possuíam de 28 a 33 unidades dentárias.

- O levantamento também mostrou que 13% dos idosos possuem plano de saúde, 28% tomam um medicamento de uso contínuo e 27% fazem uso de três ou mais medicamentos diariamente. Observou-se que 55,5% dos idosos recebem medicação gratuitamente do governo, e a maioria (92%) os obtêm na própria unidade de saúde.

- Foi observado ainda que cerca de 50% dos homens idosos fazem prevenção do câncer de próstata. Os dados são maiores entre as classes A e B. Já 70% das idosas fazem exame ginecológico preventivo. Mesmo assim, 60% das mulheres do interior nunca realizaram um exame de mamografia ou ultrassonografia.


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Cynthia Brito

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